sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Jornada da alma feminina - Encontros para Mulheres

A jornada da alma feminina
Formação para cuidadoras de círculos de mulheres
Datas:
1º Encontro: 04 a 06 de fevereiro        
2º Encontro: 01 a 03 de Abril
3º Encontro: 03 a 05 de junho
4º Encontro: 05 a 07 de Agosto

Conteúdo Programático:

1º Encontro – IDENTIDADE FEMININA
(trabalhando nossas águas)
Minha linhagem feminina – o inconsciente familiar através do geneagrama.
O reconhecimento do feminino – a construção de uma identidade.
Arquétipos femininos
A bênção do feminino
A sombra e a luz do feminino
Ritual da fogueira, danças e cantos.
A colcha de retalhos  -  vivência             

***Para este encontro: cada mulher deverá trazer objetos de família (que receberam das mulheres), lembranças, etc. Trazer o geneagrama (árvore genealógica).

2º Encontro – Feminino e Masculino – a dança evolutiva das polaridades
(trabalhando nossa terra)
Amar e ser amada – o aprendizado que não se acaba
Homens e mulheres: da competição à construção de relações evolutivas
A parceria
O masculino como força criadora
Os centros de energia e a saúde da mulher
Anima e Animus
O Masculino como Poder Criador
Corpo e sexualidade
Menstruação e seus conflitos 
Vivências corporais
Plantando nossos vínculos, florindo nossas almas – vivência.

3º Encontro – Papéis femininos
(trabalhando nosso ar)
Os diferentes papéis da mulher
O Poder dos Círculos
Que mulheres vêm até nós?
Curando a alma feminina
O que significa ser uma cuidadora de Círculos?
A Liderança Circular
Uma fraternidade feminina – o poder da cooperação e da aliança
Partilha de experiências de círculos
Vivência de integração dos círculos sagrados
Regando a vida, alimentando a alma – vivência

4º Encontro –O Feminino Sagrado
(trabalhando nosso fogo)
O feminino sagrado nas diferentes tradições
O feminino e os mitos
Sonhos de mulheres
Xamãs, curandeiras e curadoras...quem elas são?
Feridas e Curas na alma feminina
O que mudou?
Os elementos da natureza e o Sagrado
Ritual da Fogueira
A celebração do Círculo        
Flores e frutas na bênção de encerramento

Outras informações:

Formação teórico-vivencial, em módulos de imersão, que totalizam 4 encontros. Cada módulo inicia-se às 18h da sexta-feira e termina às 13h do domingo.
As mulheres são convidadas a fazer juntas as refeições, e levar roupas que permitam movimentos (malhas, moletons, tecidos leves), roupas de banho (maiôs, biquínis e toalhas), lenços e maquiagem.
Lembramos que no Instituto Diálogos do Ser temos uma piscina que poderá ser usada.
O valor de cada módulo é R$ 250,00, e não está incluída a hospedagem. Cada módulo pode ser dividido em dois cheques de R$ 125,00.
Para aquelas que desejarem hospedar-se no Instituto Diálogos do Ser, não há custo adicional. Pedimos que levem colchonetes e roupas de cama, e serão acomodadas nas salas, em sistema “comunitário”. Para as que preferirem, podem hospedar-se no “Hotel Olympia”, que fica a apenas 200m do Instituto, com o qual temos convênio. (As reservas podem ser feitas através do Instituto, solicitando para Fabíola por telefone).
Alimentação: Faremos juntas o café da manhã, em forma de partilha, e o almoço. Estas refeições estão incluídas no curso.
No jantar teremos um tempo livre de descanso. Sugerimos o restaurante Castelinho para quem desejar, que tem comida caseira e muito variada, com o qual temos convênio, e fica perto do Instituto.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mensagem de ANO NOVO, por Lydia Rebouças

A PAZ É A NOVA VIBRAÇÃO,
QUE NÃO SE ASSEMELHA A NADA DO ANTIGO
(Gitta Mallasz)

Meus queridos,
Desejo a todos
um NOVO recomeçar,
onde o passo à mais
possa enraizar,
em nossas vidas pessoais
e na UNIPAZ, obra-prima comum.
Encaminho abaixo inspirador texto do Morin.
Abraços
Com amor,
Lydia

O Elogio da Metamorfose, por Edgar Morin

Quando um sistema é incapaz de tratar seus problemas vitais, ele se degrada, se desintegra ou então é capaz de gerar um meta-sistema como maneira de resolver seus problemas: aí ele entra em metamorfose. O sistema Terra é incapaz de se organizar para lidar com suas questões vitais: perigos nucleares que se agravam com a disseminação e, talvez, com a privatização das armas nucleares; a degradação da biosfera; a economia global sem uma verdadeira regulamentação; retorno da fome; conflitos étnico-político-religiosos tendem a se transformar em guerras de civilização.

A amplificação e aceleração destes processos podem ser consideradas como o desencadeamento de um poderoso feedback negativo, um processo pelo qual um sistema se desintegra de forma irreversível.

O mais provável é a desintegração. O improvável,  possível , porém, é a metamorfose. O que é uma metamorfose? Vemos inúmeros exemplos dela do reino animal. A lagarta que está dentro de uma crisálida começa então um processo ao mesmo tempo de autodestruição e de autoreconstrução, segundo uma organização e uma forma de borboleta,diferente da lagarta, ainda que permanecendo a mesma. O nascimento da vida pode ser concebido como a metamorfose de uma organização físico-química, que, tendo chegado a um ponto de saturação, criou uma meta organização viva, que, embora tendo os mesmos componentes físico-químicos, produz qualidades novas.

A formação das sociedades históricas, no Oriente Médio, na Índia, na China, no México, no Peru, constitui uma metamorfose a partir de um agregado de sociedades arcaicas de caçadores-coletores, que acabou produzindo as cidades, o Estado, as classes sociais, a especialização do trabalho, as grandes religiões, a arquitetura, as artes, a literatura, a filosofia. E isso também para o pior: a guerra, a escravidão. A partir do século XXI se coloca o problema da metamorfose das sociedades históricas em uma sociedade-mundo, de um novo tipo, que engloba os Estados-Nações, sem suprimí-los. Porque a continuação da história através de guerras, feitas por Estados que dispõe de armas de aniquilação, pode nos levar à quase destruição de humanidade. Enquanto que, para Fukuyama, as capacidades criativas da evolução humana se esgotam com a democracia representativa e a economia liberal, temos que pensar, ao contrário, que é a história que se esgotou e não as capacidades criativas dos humanidade.

A idéia de metamorfose, mais rica do que a idéia de revolução, guarda dela a radicalidade transformadora, mas a liga à conservação (da vida, do legado das culturas). Para seguir na direção da metamorfose, como mudar de caminho? Mas se parece possível corrigir certos males, é impossível diminuir a onda gigantesca, o diluvio técnico-científico-econômico- civilizacional que conduz o planeta aos desastres. No entanto, a história humana muitas vezes mudou de direção. Tudo começa, sempre, com uma inovação, uma nova mensagem desviante, marginal, modesta, muitas vezes invisível aos contemporâneos. Assim começaram as grandes religiões: budismo, cristianismo e islã. O capitalismo se desenvolveu como um parasita das sociedades feudais, para finalmente, decolar e, com a ajuda das monarquias, as desintegrar.

A ciência moderna foi formada a partir de alguns espíritos desviantes, inconformes às nomas, dispersos, Galileu, Bacon, Descartes, depois criou as suas redes e associações, foi introduzida nas universidades no século XIX, e no século XX introduzida nas economias e nos Estados para tornar-se um dos quatro motores potentes da espaçonave Terra. O socialismo nasceu de alguns espíritos autodidatas e marginalizados no século XIX, para se tornar uma formidável força histórica no séc. XX. Hoje, temos que repensar tudo. Tudo deve ser recomeçado.

Tudo realmente recomeçou de novo, mas sem ninguém saber. Estamos na fase dos começos, modestos, invisíveis, marginalizados, dispersos. Por que eles já existem em todos os continentes, um fermentar criativo, numa infinidade de iniciativas locais, no sentido da regeneração económica, ou social, ou política, ou cognitiva, ou educacional, ou ética, ou da reforma da vida .

Estas iniciativas não se conhecem entre si, nenhuma administração as contabiliza, nenhum partido político tem conhecimento delas. Mas elas são o viveiro para o futuro. Trata-se de reconhecer, identificar, recolher, recensear, compará-los uns aos outros e combiná-las em uma pluralidade de caminhos transformadores. Estes são caminhos múltiplos que podem, se desenvolvidos em conjunto, se combinar para formar a nova via que nos levaria em direção a essa ainda invisível e inconcebível metamorfose. Para desenvolver as vias que irão confluir indicando o Caminho, é preciso identificar essas alternativas delimitadas, que constrangem o mundo do conhecimento e do pensamento hegemônico. Assim, é necessário ao mesmo tempo globalizar e desglobalizar, crescer e decrescer, desenvolver e envolver.

A orientação globalização / desglobalização significa que, se é preciso multiplicar os processos de comunicação e planetarização cultural, e, que é necessário constituir uma consciência da “Terra-Pátria”, é preciso também promover, de modo” desglobalizante”, a alimentação de proximidade, os artesanatos de proximidade, os comércios de proximidade, as hortas suburbanas, as comunidades regionais e locais.

A orientação "crescimento / diminuição” significa fazer crescer os serviços, as energias verdes, os transportes públicos, a economia plural, especialmente a economia social e solidária, a humanização das megápolis, os agricultores e fazendas orgânicas e biológicas, os agricultores, mas fazendo decrescer a intoxicação consumista, a produção de alimentos industrializados e de produtos descartáveis e não recicláveis, o tráfego de veículos e caminhões, em detrimento das ferrovias.

A orientação desenvolvimento/ envolvimento significa que o objetivo do desenvolvimento de bens materiais, da eficiencia, da rentabilidade, da monetarização não é mais fundamental. É preciso também agora o retorno de cada um às suas necessidades interiores, o grande retorno à vida interior e ao primado da compreensão dos outros, amor e amizade.

Não basta mais denunciar. Temos agora que enunciar. Não é mais suficiente só lembrar da sua urgência. É preciso saber definir as vias que levam ao Caminho. O que nós estamos tentando contribuir? Quais são as razões para ter esperança? Podemos propor cinco princípios da esperança:
1. O surgimento de improvável. Assim, a resistência por duas vezes vitoriosa da pequena Atenas frente ao formidável poder persa, cinco séculos antes de nossa era, foi altamente improvável e permitiu o nascimento da democracia e da filosofia. Também inesperado foi o congelamento da ofensiva alemã diante de Moscou, no outono de 1941, e depois improvável contraofensiva vitóriosa de Joukov, que começou em 05 de dezembro e foi seguida em 08 de dezembro pelo ataque a Pearl Harbor, que provocou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

2. As virtudes geradoras / criadoras inerentes à humanidade. Da mesma maneira que existe em todo organismo humano adulto células-tronco dotadas com as habilidades polivalentes (com potencial para se transformarem em toda e qualquer parte do corpo) próprias das células embrionárias, mas inativas, da mesma forma existe em todo ser humano, em qualquer sociedade humana, virtudes regenerativas, geradoras e criativas em estado latente, ou inibida.

3. As virtudes da crise. Ao mesmo tempo que as forças regressivas ou desintegradoras, as forças criativas são despertadas na crise planetária da humanidade.

4. O que vai combinar com as virtudes do perigo: "Quando o perigo está crescendo também cresce o que nos salva." A chance suprema é inseparável do risco supremo.

5. A aspiração multimilenaria da humanidade para a harmonia (paraíso, depois utopias, depois ideologias libertárias / socialista / comunista, depois aspirações e revoltas juvenís da década de 1960). Esta aspiração renasce no pulular, no formigamento de iniciativas múltiplas e dispersas que poderão alimentar os caminhos reformadores, com vocação para se reencontrarem nesse novo caminho.

A esperança estava morta. As gerações mais velhas estão desiludidas com falsas esperanças. As gerações mais novas estão desoladas que não existam mais causas como a nossa resistência durante a Segunda Guerra Mundial. Mas a nossa causa carregava em si seu contrário. Como disse Vasily Grossman de Stalingrado, a maior conquista da humanidade foi, ao mesmo tempo, sua maior derrota por que o totalitarismo stalinista saiu vitorioso. A vitória das democracias restabeleceu no ato seu colonialismo. Hoje a causa é inequívoca, sublime: trata-se de salvar a humanidade.

A esperança verdadeira sabe que ela não é uma certeza. É a esperança não ao melhor dos mundos, mas em um mundo melhor. A origem está diante de nós, dizia Heidegger. A metamorfose seria, efetivamente, uma nova origem.

Edgar Morin - Sociólogo e filósofo. Nasceu em 1921, é diretor emérito de investigação no CNRS, presidente da Agência Europeia para a Cultura (UNESCO) e presidente da Associação para o Pensamento Complexo.
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domingo, 23 de janeiro de 2011

ATIVIDADES GRATUITAS- Meditação e Oração para Cura

às 2ªs feiras, a partir das 19:30h a UNIPAZ VALE oferece grupo de meditação cristã. Aberto a iniciantes e todos que desejam praticar a meditação em grupo.

às 5ªs feiras, a partir das 19:30h a UNIPAZ VALE oferece círculo ecumênico de oração pela Cura. Aberto ao público. Para os que desejarem, podem deixar na secretaria da Unipaz nomes de pessoas que precisam de orações de cura.

Todos são bem vindos!

Curso Meditação para Iniciantes - 28 e 29 Janeiro

No próximo final de semana acontecerá na UNIPAZ VALE o workshop para iniciantes, para pessoas que nunca meditaram e desejam aprender. O curso ensina técnicas de atenção e concentração.
Será ministrado por Laureano Guerreiro.
Horário: sexta-feira, dia 28 das 19h às 22h e sábado, dia 29 das 9 às 18h.
Maiores informações na secretaria, com Fabíola ou Roberto, 3153.1362.
Sejam bem vindos!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Próximo seminário, dias 21 e 22 Jan, trabalha relação entre casais!

Amigos,

O próximo seminário da UNIPAZ VALE, "A Arte deViver em Harmonia", criado por Pierre Weil, trabalha o relacionamento dos casais, e também ajuda todas as pessoas a aprenderem a fazer alianças e parcerias na vida...no trabalho, nas amizades, na família, etc.

É um dos belos seminários transformadores que fazem parte da "Arte de Viver a Vida", seminários que já tocaram e auxiliaram muitas pessoas, ao longo dos 23 anos da Unipaz!

Quem estiver disponível e disposto a cuidar de suas relações, não perca!!!

A Transmissão: formação com Pierre Weil na Unipaz-DF, 2008

Em Setembro de 2008 nosso querido mestre Pierre Weil transmitia, a um grupo de pessoas de diferentes unidades da UNIPAZ do Brasil, seus ensinamentos sobre os seminários, belos e ricos, que compõem a "espinha dorsal" da Formação Holística de Base e Pós-graduação Transdisciplinar da Unipaz.

Seminários intitulados "A Arte de Viver a Vida", que tratam das três ecologias: ecologia pessoal, social e ambiental.

Os que lá estavam aprenderam e foram instigados a se aperfeiçoarem, para darem continuidade à transmissão destes seminários que foram e continuam sendo instrumentos de transformação para inúmeras pessoas, ao longo dos 23 anos da UNIPAZ.

Apenas algumas semanas depois nosso mestre Pierre fez a sua passagem...e os que estiveram com ele, aprendendo com sua experiência sentiram, profundamente, seu desapego, despojamento e generosidade, abençoando a continuidade de tudo o que ele criou e ensinou.




Nossa profunda gratidão por todas as transformações em nossas vidas, Pierre!

Colégio Internacional dos Terapeutas

O C.I.T. foi concebido na Unipaz de Brasíla, no dia 8 de setembro de 1992, no final de um Seminário centrado no tema dos Terapeutas - de Philon à transmodernidade, orientado por Jean-Yves Leloup, que encerrou a Formação Holística de Base do histórico Grupo Piloto. Nesta ocasião, Jean-Yves foi impulsionado por uma inspiração, a criar o Colégio Internacional dos Terapeutas, com sede na UNIPAZ - Universidade da Paz da Fundação Cidade da Paz.O CIT-Brasil faz parte da UNIPAZ, como organismo complementar, e estende-se pelos diferentes campus nacionais. Em outros lugares do mundo, o CIT foi criado por Jean Yves Leloup , como uma rede não formal, reunindo terapeutas de diferentes orientações, partilhando a antropologia, a Cosmologia e a ética, praticadas e vivenciadas na Unipaz..
O Colégio Internacional dos Terapeutas - CIT no Brasil é coordenado por Roberto Crema*. Inspira-se na tradição dos Terapeutas do Deserto, e oferece um olhar sobre o ser humano que respeita suas diversas dimensões: o corpo, a psique, a consciência e a essência, em busca da Inteireza Humana. O CIT não é um colégio formativo, acolhendo, assim, terapeutas já formados, das mais diversas competências e orientações, que se aliam em torno de uma visão Integral sobre o ser humano, de uma ética, rigorosa e aberta, de uma prática transdisciplinar na área de saúde integral, e da arte do Cuidar do Ser. A partir de uma visão de ecologia profunda, e de uma definição de saúde como um estado de bem estar psicossomático, social, ambiental e cósmico, postulada pela Organização Mundial de Saúde, três categorias de terapeutas são reconhecidas: a clínica - reservada aos profissionais clínicos habilitados, como médicos, psiquiatras e psicólogos; a social - reservada aos profissionais que cuidam do social, como educadores, empresários, engenheiros, arquitetos, artistas, políticos, cientistas, sacerdotes etc; a ambiental - reservada aos cuidadores do meio-ambiente, como biólogos, ecólogos, teólogos, engenheiros florestais, entre outros.


Passos para se tornar aspirante ao CIT:

1.concluído todas as fases da Formação Holística de Base, da UNIPAZ, inclusive a apresen­tação da Obra-Prima (conclusão da 3ª fase).
Obs.: Algumas exceções serão aceitas, no caso do(a) interessado(a) ter percorrido compro­vadamente um caminho equivalente, aprovado pela UNIPAZ ou por seu notório saber/fazer/ser na abordagem transdisciplinar holística.
2.oficialmente, por escrito e através de um encontro pessoal a um(a) Terapeuta do CIT, que seja seu(sua) Terapeuta Acompanhante e o(a) aceite como Aspirante.
3.Terapeuta verificará se há uma boa ressonância entre Aspirante-Acompanhante e se o(a) aspirante a Aspirante reúne os níveis de integração, experiência e congruência, pelo menos básicos, para seguir nesta especial trilha.
4.acompanhado(a) durante um prazo mínimo de um ano, colocando em prática, no cotidiano, as Dez Orientações Maiores do CIT. Participar de eventos do Colégio e estudar a bibliografia pertinente, de modo especial a Coleção UNIPAZ-CIT, bem como o Manual do CIT.
5.o(a) Aspirante se considerar pronto, na sua percepção e na de seu Acompanhante, o Terapeuta encaminhará a solicitação de Acolhida do Aspirante a uma Casa do CIT, junta­mente com a sua anamnese - Texto Testemunha..
6.Aspirante receberá do seu Terapeuta Acompanhante a informação sobre a sua apresen­tação à Casa do CIT. Nessa ocasião o Aspirante poderá ser acolhido ou informado da neces­sidade de mais um tempo de acompanhamento
Passos para ser Aspirante ao C.I.T.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Formação Transdisciplinar da UNIPAZ

Com dois anos de duração, a Formação Holística de Base (FHB) visa habilitar pessoas a uma nova cosmovisão sustentada no paradigma holístico, através de um modelo de educação para a inteireza. É um tipo de aprendizado novo, sem precedentes com relação a universidades convencionais onde o ensino, embora eficiente e necessário, é fragmentado, com objetivo único de uma especialização profissional.

  A Formação Holística de Base é complementar: aproveita a caminhada de cada indivíduo, e vai além: promovendo o encontro entre a Ciência, a Arte e a Sabedoria Milenar, unindo Oriente e Ocidente, cérebro esquerdo e cérebro direito, razão-intuição, sentimento-emoção, de maneira ampla e profunda, no sentido da transformação pessoal, interpessoal e planetária. Além disso, busca uma expansão da consciência humana, no sentido de uma melhor compreensão do universo cósmico. Em síntese busca desenvolver a paz do indivíduo consigo mesmo, com os outros e com a natureza, numa contribuição transcendente para salvar a vida do Planeta.

 Os encontros mensais são realizados nos finais de semana, com carga horária de 12 horas cada. O Aprendiz deve participar no mínimo de 80% dos 24 seminários realizados. As reuniões são conduzidas pelo corpo de facilitadores da Formação Holística de Base, creditados pela Unipaz.


A Formação é realizada através de três fases:
1. O DESPERTAR, a fase da Ecologia Pessoal, é o momento da integração das funções psíquicas de acordo
com o modelo junguiano (pensamento-sentimento-sensação-intuição), proporcionando o equilíbrio entre a dimensão pessoal e transpessoal.
2. O CAMINHAR, a fase da Ecologia Social e Ambiental, é quando se aprofunda o conhecimento adquirido na fase anterior com a vivência pessoal direcionada para a Sociedade e a Natureza.
3. A OBRA-PRIMA é a etapa final do processo evolutivo desencadeado pela Formação. Neste estágio, o aprendiz já está em condições efetivas de expressar concreta e construtivamente seu processo de interiorização e integração da visão holística transdisciplinar.

Solidariedade - URGENTE! - Recolhimento de doações na Unipaz Vale

Amigos,

Estamos recolhendo alimentos não perecíveis, roupas, sapatos, água mineral, artigos de higiene pessoal, colchonetes, cobertores e roupas de cama.

Os artigos serão encaminhados à Cruz vermelha, para as vítimas da tragédia na região serrana do RJ e municípios de MG.

Agradecemos a ajuda de todos!

Gaia - Mãe Terra


Oração à Mãe Terra
oração essênia

 
“Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra
Pois é ela a doadora da vida.

Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás.

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra,

O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela
Borbulha nos riachos das montanhas
Flui abundantemente nos rios das planícies.

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra,
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra.

Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.

A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.

Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra
Ela está em ti e tu estás Nela.

Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela

voltará novamente.

Segue, portanto, as Suas leis
Pois teu alento é o alento Dela.
Teu sangue o sangue Dela.
Teus ossos os ossos Dela.
Tua carne a carne Dela.
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também.

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra
Não morrerá jamais,
Conhece esta paz na tua mente
Deseja esta paz ao teu coração
Realiza esta paz com o teu corpo.”

Evangelho dos Essênios
 

Homenagem a Pierre Weil - por Lydia Rebouças

«Pierre Weil, meu Pierrinho»

De Lydia [Mensagem reencaminhada por Roberto Crema para a Rede UNIPAZ]

14.outubro.2008

É madrugada de terça-feira e as cigarras já começaram a cantar. Não consigo dormir. Lembro de meu amigo tão amado, o mais bem amado dos amigos, meu mestre, meu irmão de absurdos e graças. Sei que minha vida será outra sem a sua presença tão concreta em meu dia a dia....
Na noite da última quinta eu fui a sua casa com Luiz, meu esposo, onde ficamos juntos por umas três horas. Pierre nos recebeu em seu quarto, sentado em uma poltrona, ao lado da cama. Estava com uma aparência boa. Ele e Luiz ficaram por longo tempo brincando de contar piadas. Em meio aos risos, olhou pra mim e disse:

- Lydia, eu estou sentindo o cheiro da morte...

Falamos sobre a falta de ar, sobre o gastroenterologista e o cardiologista terem dito, naquele dia, que não haviam encontrado nada de errado. Compartilhamos sobre a nossa hipótese, a partir da leitura da bula de um dos remédios que ele tomava, que isso poderia ser um efeito colateral que passaria com a retirada dessa medicação... Falamos sobre o medo da morte e voltamos às piadas e às recordações:

- Vocês lembram da minha primeira casa em Brasília, em frente a Unipaz? Ela foi só um guarda móveis...

Pierrinho estava se referindo aos primeiros tempos de nossa Unipaz, quando conseguimos a Granja do Ipê como sede, onde eu resolvi ir morar, sozinha. Ele não acreditava nessa minha aventura e demonstrava preocupação:

- Como você vai deixar seu apartamento e morar aqui, sozinha?
- Pierre, nós acreditamos ou não nesse sonho?


Aos poucos, mineiramente, ele foi se desapegando de sua encantadora casa no Retiro das Pedras, em Belo Horizonte (...Na manhã de ontem, Maurício Andrés, nosso parceiro desde sempre, nos disse, enquanto velávamos o corpo de Pierre, que o mirante do Retiro das Pedras passará a ser denominado “Pierre Weil”). Naquele tempo, o Presidente da FunCipaz e Reitor da UnHI começou a ficar cada vez mais em Brasília, até vender sua casa mineira e comprar outra aqui, onde não habitou, já que também passou a residir na Unipaz, quando iniciamos a vivenciar uma experiência comunitária cheia de divertidas histórias.
Na noite de quinta Pierre jantou em nossa presença e comeu duas das frutas desidratadas que eu levei e que ele tanto gostava. O médico havia lhe dito que poderia comer de tudo, sem exageros, e ele continuava “bom de boca”. Como sempre cuidei de realizar seus desejos gustativos (uma semana antes ele desejou lagosta), lhe perguntei o que estava sentindo falta de comer e ele me disse que queria castanhas. Combinamos de voltar a nos encontrar no domingo, quando eu levaria as castanhas e traríamos novas piadas.

- Lydia, Aymara conseguiu falar com você?
- Sim Pierre, ela me disse que você pediu para que eu fosse facilitar o seminário na turma da FHB amanhã. Graças à Deus eu posso, não irei viajar agora. Eu estou entendendo que essa turma é sua e que, assim que você melhorar, você irá a Unipaz e voltará a assumi-la...

Ele olhou pra mim como se dissesse que eu estava me iludindo... Enquanto eu estava dando a aula, falando sobre a tristeza e a alegria de estar ali, ele fez sua passagem. Esperou só a Viviane, sua filha, chegar, e partiu. Quando saí da Unipaz, voltei a sua casa e o encontrei no mesmo lugar da noite anterior, em seu quarto, só que com o corpo já sem vida... O que me toca muito agora é constatar que ele fez a passagem exatamente como havia nos mostrado há 8 anos atrás, quando nos surpreendeu com o psicodrama de sua morte...
Nossa diferença de idade nunca havia nos espantado, até esse ano. Na noite de quinta Pierre voltou a compartilhar sobre isso:

- Luiz, você viu que a Lydia tem os mesmos números da minha idade, só que invertido? Eu estou com 84 e ela com 48. Como é que pode? Você parece minha mãe...
Nossa amizade sempre foi rica e amorosa... Pudemos ser muito um para o outro e eu agradeço a Deus por haver vivenciado esse encontro com tanta entrega. Nós nunca nos perdíamos e, mesmo nas minhas férias com a família, nos falávamos pelo telefone.
Pierrinho sempre nos disse que queria ser cremado. Sua história maior não era com a terra e sim com o elemento que nunca se turva ao limpar e, por isso, purifica e transforma como nenhum outro.. Seu corpo permaneceu entre nós por três noites no Espaço de Silêncio na UNIPAZ, quando foi homenageado de muitas formas, através das diferentes tradições espirituais. Recebeu flores do Lula, dos aprendizes da FHB, de tantos amigos...
Eu agradeço mais uma vez à vida por esse tempo. Eu precisei atravessar o vale das lágrimas e pude fazer isso com traqüilidade. Na madrugada de sábado para domingo, seu corpo precisou ser embalsamado com mais eficácia para aguardar a cremação. Gislaine Assumpção, nossa Gisa, ficou pertinho fazendo suas orações e conversando com as pessoas que estavam cuidando dessa tarefa. Compartilhou conosco que elas estavam impressionadas com a flexibilidade que continuava presente no corpo de Pierre:

- Esse corpo reage de um jeito diferente...

Segunda, bem cedo, todos os funcionários da Unipaz DF chegaram para se despedir e foi mais um momento inesquecível, onde cada um pode compartilhar suas lembranças e os sonhos da madrugada. Eu fui até o caixão, peguei nas mãos de Pierre, e mostrei como elas continuavam flexíveis.

- Eu entendo que é a consciência de Pierre atuando em seu corpo, a consciência que transformou a matéria... Vejam que esse corpo, já sem vida, continua a encarnar aquele que é uma dos princípios da transdisciplinaridade: rigor e flexibilidade... Quanto aprendizado para todos nós..

O momento da cremação e o lançamento das cinzas na cachoeira também foram muito bonitos. No final da tarde, na hora da Ave Maria, da Mãezinha do Céu, entraram na cachoeira os representantes de sua família biológica e espiritual. Enquanto espalhávamos as cinzas na água corrente eu dizia:

Os que morrerem
não se retiraram
Eles viajam
na água que vai fluindo.
Eles são a água que dorme.

Os mortos
não morreram.
Eles escutam
os vivos e as coisas
Eles escutam as vozes da água.
( Birago Diop in Mia Couto )

Foguetes deslumbraram o céu índigo de lua quase cheia e, depois, toda a multidão dançou junto o samba maravilhoso da Ave Maria , em torno da fogueira.
Como disse o Gil Vicente, a morte do Pierre foi um workshop inesquecível, que só mesmo o nosso João Guimarães Rosa consegue traduzir:

Ah, esta vida às não-vezes, é terrível bonita, horrorosamente, esta vida é grande!

[Pierre_Li.jpg.png]